Se você me acompanha, deve se lembrar de que ganhei um livro de fundamentos culinários, pois é, essa é uma adaptação de lá. Já não é novidade que procuro melhorar o valor nutricional dos meu quitutes, acredito que dá pra comer bem e saudável.
Você já deve ter provado inúmeras tartaletes por aí, a massa sucrée é deliciosa, derrete na boca e aquele gostinho amanteigado te leva à loucura. Pensando nessa delícia decidi melhorar seu valor nutricional e fazer uma versão um pouco mais saudável, mais fibra, menos manteiga, açúcar e amido. Essa receita é uma versão do clássico da confeitaria francesa, logo, a técnica de preparo será também distinta, adaptada aos ingredientes que escolhi. Partiu receita?

Ingredientes 

80g de farinha de trigo integral;
80g de aveia em flocos finos;
1 pitada de sal;
100g de açúcar demerara;
100g de manteiga gelada;
3 gemas;
5 colheres de água bem gelada;
1 colher de extrato de baunilha;
2 maçãs;
2 colheres de açúcar mascavo;
1 colher de chá de canela;
1 colher de manteiga;


Ingredientes para o creme de pâtissiére:

250ml de leite desnatado;
1 fava de baunilha (ou duas colheres de extrato);
3 gemas
60g de açúcar demerara
30g de amido de milho;

Modo de preparo:

Em uma tigela misture farinha, aveia, sal e açúcar. Em outra tigela misture a manteiga, o extrato de baunilha e as gemas. Aos poucos acrescente a mistura úmida aos secos e vá mexendo com a mão, a massa deve se tornar homogênea, mas se você perceber que ainda está seca acrescente as colheradas de água (uma a uma). 

Separe pequenas porções e coloque nas forminhas, molde a massa e corte as aparas. Deixe descansar na geladeira por 30 minutos. Essa massa não é aberta como a tradicional em razão da sua pequena quantidade de manteiga. Asse em forno pré-aquecido por 20 minutos a 200 graus mais ou menos. Testei com a ponta da faca alguma vezes porque queria uma casquinha crocante, caso opte por outra textura certifique-se de que a massa assou mesmo, porque sentir gosto de farinha de trigo na massa é um saco. Deixe esfriar para receber o creme.

Em uma tigela bata as gemas e metade do açúcar até que a misture fique esbranquiçada, adicione o amido e continue batendo até que o pó desapareça, reserve. Leve a uma panela o leite, as raspas da fava e o resto do açúcar, mexa até que o último se dissolva. Retire a panela do fogo e coloque um pouco da mistura do leite sobre as gemas mexendo avidamente para que não cozinhem (temperagem). Agora transfira o creme com a gemas para a panela do leite e mexa bem, quando a mistura estiver bem lisa e uniforme, volte a panela ao fogo e mexa bem. Tenha o cuidado de raspar as extremidades da panela e não deixar o amido grudar, depois que o creme ferver conte 2 minutos (mexendo sem parar) e desligue o fogo. A textura deve ser a de mingau, lembrando de que depois de gelada ainda ficará mais firme. Transfira a mistura para uma refratário untado com manteiga e cubra com papel filme em contato, deixe gelar. 


Para o último passo corte as maçãs em fatias finas e verticais para aproveitar seu formato bonito, leve a uma panela (anti aderente) com canela, açúcar mascavo e manteiga, mexa com delicadeza para ajudar a caramelizar a maçã e ajudá-la a perder suco. Prove. A intenção é que a maçã esteja macia, quente e bem saborizada com canela e açúcar. Agora é montar, uma generosa colherada de sopa é suficiente para preencher a tortita, cubra com as maçãs ainda quentes e sirva. Eu gosto da combinação creme gelado com maçãs quentes, mas se decidir servir tudo gelado ficará igualmente saboroso. Pode crer que haverão aqui muitas variações desse "magnifique" clássico da confeitaria francesa. E ai, partiu tortita de maçã?